Você já ouviu falar em RPV? Essa sigla, que significa Requisição de Pequeno Valor, refere-se a uma forma mais rápida de receber um pagamento do Poder Público após uma decisão judicial. O diferencial é que ele é quitado mais rápido do que precatórios, em até 60 dias após a requisição.
Este tipo de pagamento é destinado a valores menores do que os fixados para outros créditos. Caso o valor ultrapasse o limite da requisição, o pagamento será feito via precatório, que tem um prazo mais longo para ser concluído.
Aqui, vamos explicar tudo sobre os RPVs, desde o que eles significam, até o passo a passo do processo de solicitação e as vantagens de optar por ele. Fique conosco e descubra como essa solução pode te beneficiar!
O que é RPV (Requisição de Pequeno Valor)?
A Requisição de Pequeno Valor (RPV) é uma forma rápida e simples de o governo pagar dívidas reconhecidas judicialmente. Isso inclui a União, os Estados, os Municípios, além de autarquias e fundações.
Em resumo, quando você entra com uma ação contra o governo e ganha, a Justiça determina um valor que o governo deve te pagar. Se o valor estiver dentro do limite estabelecido, esse pagamento pode ser feito por meio de uma requisição.
Para entender melhor, a RPV funciona assim:
- Até 40 salários mínimos para Estados e o Distrito Federal;
- Até 30 salários mínimos para os municípios.
Isso facilita a vida de quem precisa receber de forma mais rápida, já que o pagamento ocorre em até 60 dias após a requisição!
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Por que a RPV foi instituída na lei?
A RPV foi instituída como uma alternativa aos precatórios, com o objetivo de evitar que valores menores ficassem submetidos à longa fila de pagamentos característica dos precatórios tradicionais. Ela busca oferecer um pagamento mais ágil, para que os credores recebam seus valores dentro de um prazo razoável: em até 60 dias da requisição.
Sua criação é baseada no princípio da eficiência, previsto na Constituição Federal, que determina que o Estado deve atuar para resolver questões com mais rapidez. Dessa forma, a requisição é uma conquista para os cidadãos que buscam receber seus direitos de forma menos onerosa e demorada.
As RPVs podem ser geradas em diversas situações, como:
- Indenizações por danos morais ou materiais provocados por entes públicos;
- Reajustes salariais de servidores públicos atrasados;
- Pagamentos de benefícios previdenciários ou assistenciais reconhecidos judicialmente;
- Restituições de valores cobrados indevidamente, como taxas ou impostos.
Recentemente, o Conselho da Justiça Federal (CJF) liberou os limites para o pagamento de RPVs, autuados em outubro de 2024, para o total de 203.954 processos, com 255.423 beneficiários, cuja soma atinge o valor de R$ 3.093.791.968,03.
Como funciona o processo de RPV?
O funcionamento das RPVs está ligado ao valor da dívida e ao ente responsável pelo pagamento. O montante máximo varia de acordo com a legislação de cada ente federativo (União, Estados e Municípios), que se diferenciam pela capacidade financeira de cada Estado. Veja como o processo funciona para cada ente devedor:
- União: até 60 salários mínimos;
- Estados: limites definidos pelas legislações estaduais (em geral, 40 salários mínimos);
- Municípios: limites determinados por legislações municipais, que geralmente acompanham as definições estaduais.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal, por meio do Tema 792 da Repercussão Geral, decidiu como aplicar essas regras quando houver mudanças nos limites máximos das RPVs. Veja:
- Se o limite for reduzido por uma nova lei, a redução só vale para processos que ainda não tiveram trânsito em julgado. Para aqueles já finalizados antes da mudança, o limite antigo continua valendo;
- Se o limite for aumentado por uma nova lei, o novo limite pode ser aplicado até mesmo para os processos que já tiveram trânsito em julgado.
Ou seja, o critério é sempre o limite vigente na data do trânsito em julgado da decisão judicial, assegurando justiça tanto para quem já finalizou seu processo quanto para aqueles em andamento.
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Passo a passo do pagamento de RPVs
Após a decisão judicial favorável ao credor e o trânsito em julgado da sentença (quando não há mais possibilidade de recurso), é emitida a Requisição de Pequeno Valor.
Esse documento formaliza o pedido de pagamento e é enviado ao órgão responsável (União, Estado ou Município), que, por sua vez, deve incluir a requisição na lista de pagamentos do respectivo ente devedor.
O pagamento da RPV deve ser realizado em até 60 dias a partir da emissão da requisição, e o valor será depositado em uma conta judicial para que o credor possa realizar o saque.
Esse prazo de 60 dias para pagamento é um dos grandes diferenciais das RPVs. Ele oferece maior previsibilidade e rapidez, principalmente se comparado ao pagamento de precatórios, que pode levar anos devido à fila de prioridades e dependência de orçamentos públicos.
Quais são as diferenças entre RPVs e precatórios?
Embora tanto as RPVs quanto os precatórios sejam utilizados para quitação de dívidas públicas, eles têm diferenças importantes que afetam diretamente o credor. As principais diferenças são:
1. Valor máximo de RPVs e precatórios
- RPV: tem um limite de pagamento, conforme já explicado (60 salários mínimos para a União, 40 para Estados e 30 para Municípios);
- Precatório: não tem limite de valor, sendo utilizado para dívidas superiores aos limites das RPVs.
2. Prazo de pagamento de RPVs e precatórios
- RPV: o pagamento deve ser feito em até 60 dias após a emissão da requisição;
- Precatório: o pagamento pode levar anos para ser realizado, dependendo da disponibilidade orçamentária e da fila de prioridades.
3. Processo de pagamento de RPVs e precatórios
- RPV: o processo é mais simples e rápido, sendo que o credor não precisa passar por etapas tão complexas quanto no precatório;
- Precatório: envolve mais etapas burocráticas e, em muitos casos, a expectativa de pagamento pode ser adiada por questões orçamentárias.
Como solicitar o pagamento de uma RPV?
Solicitar o pagamento de uma RPV pode ser um processo simples, mas exige atenção a alguns detalhes. Aqui está um passo a passo da Precato:
1. Aguarde o trânsito em julgado
Antes de qualquer coisa, é preciso esperar que a decisão judicial seja finalizada, ou seja, que o processo tenha transitado em julgado. Isso significa que não há mais possibilidade de recursos e a sentença é definitiva. Apenas depois desse momento, você poderá seguir com a solicitação do pagamento da RPV.
2. Elabore a requisição de pagamento
Com a decisão finalizada, é hora de preparar a requisição de pagamento. O advogado responsável pelo seu título deve elaborar o documento, incluindo todos os dados necessários: o número do processo, o valor a ser pago e as informações do credor. Essa é uma etapa importante para garantir que todas as informações estejam corretas e completas.
Aprenda mais com nosso post sobre precatório: como funciona o pagamento de um advogado?
3. Protocole a requisição no tribunal de origem
Com a requisição pronta, o próximo passo é protocolá-la no tribunal de origem ou no órgão indicado, conforme o tipo de dívida. Este procedimento oficializa o pedido de pagamento e dá início ao processo de inclusão da requisição na lista de pagamentos do ente responsável.
4. Acompanhe o andamento do processo
Após o protocolo, é fundamental acompanhar o andamento da requisição. Isso pode ser feito pelo advogado ou pelo próprio credor, verificando se a requisição foi devidamente incluída na lista de pagamentos. Fique atento à sua posição na fila, pois isso pode influenciar o tempo de recebimento do valor.
O que é um ofício requisitório e como ele gera precatórios e RPVs?
O ofício requisitório é um documento de solicitação para que o governo pague uma dívida reconhecida judicialmente. Após uma decisão favorável, esse documento formaliza a obrigação do ente público (como União, Estados e Municípios) de pagar ao credor, seja ele uma pessoa física ou jurídica.
Quando o processo chega ao fim e a sentença não pode mais ser alterada, o juiz emite o ofício requisitório, dando início ao processo de pagamento via precatório ou RPV. Agora, vamos entender como esse documento funciona e como ele dá origem aos pagamentos.
O que é um ofício requisitório?
O documento do ofício requisitório é o primeiro passo para garantir o pagamento de um precatório ou RPV. Ele é emitido após o trânsito em julgado da sentença, quando a decisão se torna definitiva.
Ele contém informações importantes, como o número do processo, o valor a ser pago e os dados das partes envolvidas. Ele também define se o pagamento será feito por meio de precatório ou RPV, o que influencia o prazo de quitação.
Quem emite o ofício requisitório?
O juiz responsável pelo processo é quem emite o ofício requisitório. Ele confirma que a sentença foi cumprida e encaminha o documento ao presidente do tribunal, iniciando o processo de pagamento. Após isso, o ofício requisitório será formalizado e seguirá por outras etapas burocráticas até o pagamento ser realizado.
O que significa a expedição de um ofício requisitório?
A expedição do ofício requisitório indica que o processo chegou à primeira etapa do pagamento. Ele solicita ao presidente do tribunal a aprovação para o pagamento, que será realizado de acordo com a ordem cronológica.
Apesar de ser o primeiro passo, o processo ainda envolve etapas burocráticas e pode demorar, principalmente quando o pagamento envolve precatórios e há uma fila de prioridades.
Modelo de ofício requisitório: quais informações ele deve conter?
Um ofício requisitório completo precisa incluir algumas informações essenciais, como:
- Número do processo;
- Data do trânsito em julgado da sentença;
- Valor total a ser pago;
- Dados das partes envolvidas (credor e ente devedor);
- Se o pagamento será feito por precatório ou RPV, e se é comum ou alimentar prioritário.
Além disso, se houver negociação com terceiros, como honorários advocatícios ou cessão de crédito, essas informações também devem constar. Após cumprir todas as exigências, o ofício requisitório é numerado e se transforma no título para pagamento.
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Perguntas frequentes
1. O que acontece se o valor da dívida ultrapassar o limite do RPV?
Se o valor da dívida for superior ao limite estabelecido para RPVs, o pagamento será realizado via precatório. Nesse caso, o prazo de pagamento será mais longo, podendo levar anos, dependendo da fila de prioridades e da disponibilidade orçamentária do ente devedor.
2. Como posso solicitar o pagamento de uma RPV?
Para solicitar o pagamento de uma RPV, siga os seguintes passos:
- Aguarde o trânsito em julgado: a decisão judicial precisa ser definitiva, sem possibilidade de recursos;
- Elabore a requisição de pagamento: o advogado do credor deve preparar a requisição com todos os dados necessários (número do processo, valor devido, dados do credor);
- Protocole a requisição: a requisição deve ser protocolada no tribunal ou órgão responsável, para oficializar o pedido de pagamento;
- Acompanhe o andamento: o credor e seu advogado devem acompanhar o processo, verificando se a requisição foi incluída na lista de pagamentos do órgão responsável.
3. Como o ofício requisitório gera precatórios e RPVs?
Após a expedição do ofício requisitório, o pagamento será realizado conforme o tipo de dívida. Se o valor for menor do que o limite estabelecido para a Requisição de Pequeno Valor (RPV), o pagamento será feito em até 60 dias.
No entanto, quando o valor for maior do que o limite, o pagamento será feito por meio de precatório, um processo que pode levar mais tempo devido à fila de prioridades e aos prazos mais longos envolvidos.
4. O que acontece depois que o ofício requisitório é emitido?
Após a emissão do ofício requisitório, o processo segue para o presidente do tribunal, que aprova o pagamento, o qual será realizado de acordo com a ordem cronológica de pagamento. Mesmo após a expedição, o processo pode envolver outras etapas e prazos até que o pagamento seja efetivado.
5. Como posso antecipar o pagamento de um precatório ou RPV?
Se você tem um precatório e precisa do pagamento mais rápido, a Precato oferece uma solução de antecipação de precatórios. Com mais de 20 anos de experiência, garantimos um pagamento rápido, sem a necessidade de esperar pelos longos prazos dos precatórios tradicionais. A antecipação pode ser feita em até 24 horas após a assinatura do contrato, de forma segura e transparente.
Referências
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS. Requisição de Pequeno Valor – RPV. Disponível em: https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/processos/precatorios/requisicoes-de-pequeno-valor-rpvs.htm. Acesso em: 13 jun. 2025.
CONJUR. Mudança do limite máximo da RPV e sua aplicação aos casos pendentes. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2024-jun-20/mudanca-do-limite-maximo-da-rpv-e-sua-aplicacao-aos-casos-pendentes/. Acesso em: 13 jun. 2025.
SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Pagamento de Requisição de Pequeno Valor (RPVs). Disponível em: https://fazenda.rs.gov.br/conteudo/14182/pagamento-de-requisicao-de-pequeno-valor-(rpvs). Acesso em: 13 jun. 2025.
SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO PARANÁ. Requisição de Pequeno Valor. Disponível em: https://www.fazenda.pr.gov.br/Pagina/Requisicao-de-Pequeno-Valor. Acesso em: 13 jun. 2025.
